Frágil
Por tanto amar
me gastei toda
Bebi tantos goles
de saudade
que desbotei a estação
que me nascia
por dentro
Chorei um oceano
inteiro de poesia
Hoje estou
coração por um fio
Estou frágil
Gasta
Desbotada
Não me acho mais
no cristal do espelho
Valentina Diadory
05/02/10
18:58 h
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Sopro
Sopro
Tu me roubas
as tonalidades do tempo
Como o vento norte
sopra palavras no silêncio
e viaja por dentro
dos meus sonhos
Me despe
se espraia no meu corpo
faz-me tua musa
me brota versos
Valentina Diadory
05/02/2011
9:50 h
Tu me roubas
as tonalidades do tempo
Como o vento norte
sopra palavras no silêncio
e viaja por dentro
dos meus sonhos
Me despe
se espraia no meu corpo
faz-me tua musa
me brota versos
Valentina Diadory
05/02/2011
9:50 h
Crepuscular
Crepuscular
...Olhar guarda
numa concha
um punhado
de sobras do dia
Um espirro branco das ondas
Um naco azul do céu
Um raio dourado do sol
A cantoria das gaivotas...
Tudo alinhavado
a um retalho do mar
Valentina Diadory
05/02/2011
17:45 h
...Olhar guarda
numa concha
um punhado
de sobras do dia
Um espirro branco das ondas
Um naco azul do céu
Um raio dourado do sol
A cantoria das gaivotas...
Tudo alinhavado
a um retalho do mar
Valentina Diadory
05/02/2011
17:45 h
Floração
Floração
Fogachos num novelo
enrolado de carícias
Lenha seca
Fagulha acesa
No mosto da boca
a língua em chamas
rompe o dique
das horas a fio
de fome e de sede
Sol embebe
o sal táctil
Sem sono
pulsa
Dedilha o fogo
Em brasa
rasga as fímbrias
geladas da água
Arde
E as mãos
tocam a floração
rasa do corpo
Lá no fundo
um lato céu
Um poema
Um vulcão
Valentina Diadory
03/02/2011
22:30 h
Fogachos num novelo
enrolado de carícias
Lenha seca
Fagulha acesa
No mosto da boca
a língua em chamas
rompe o dique
das horas a fio
de fome e de sede
Sol embebe
o sal táctil
Sem sono
pulsa
Dedilha o fogo
Em brasa
rasga as fímbrias
geladas da água
Arde
E as mãos
tocam a floração
rasa do corpo
Lá no fundo
um lato céu
Um poema
Um vulcão
Valentina Diadory
03/02/2011
22:30 h
Amanhã
Amanhã
De mãos vazias
atravessei o labirinto
silencioso do ontem
E hoje
o Mal-me-quer
Bem-me-quer
diluiu-se vagarosamente
em meus dedos
Impaciente espero
o tempo passar
ás margens pálidas
do amanhã
Recolho-me
...Não vou mais esperar
você pintar um pôr de sol
dentro do meu olhar...
Valentina Diadory
21/01/10
18:15 h
De mãos vazias
atravessei o labirinto
silencioso do ontem
E hoje
o Mal-me-quer
Bem-me-quer
diluiu-se vagarosamente
em meus dedos
Impaciente espero
o tempo passar
ás margens pálidas
do amanhã
Recolho-me
...Não vou mais esperar
você pintar um pôr de sol
dentro do meu olhar...
Valentina Diadory
21/01/10
18:15 h
Cerejas
Cerejas
Uma taça cheia...
Amálgama suculenta
vermelha e nua
Banhadas em marasquino
o aroma frutado
enche os olhos
matura a sede
À meia luz
Cerejas moldam
a janela do decote
o calor da pele
e cobrem o caminho
aberto para os seios
Desenham a boca
e a polpa macia
bole com a libido...
Nos entremeios
beijos sôfregos
um frêmito
e o calafrio na espinha
espargi o gozo...
Valentina Diadory
01/02/2011
22:45 h
Uma taça cheia...
Amálgama suculenta
vermelha e nua
Banhadas em marasquino
o aroma frutado
enche os olhos
matura a sede
À meia luz
Cerejas moldam
a janela do decote
o calor da pele
e cobrem o caminho
aberto para os seios
Desenham a boca
e a polpa macia
bole com a libido...
Nos entremeios
beijos sôfregos
um frêmito
e o calafrio na espinha
espargi o gozo...
Valentina Diadory
01/02/2011
22:45 h
Míope
Míope
As pálpebras
pesam enviesadas
E há um talho míope
sobre o mar aberto
do olhar
Verte uma dor
que escreve um vinco
na face veludosa
sem machucar
Cerra os olhos
apalpa o poema
tenta secar
as palavras esconsas
deitadas sobre o rasgo
inerte de solidão
aberto numa página
escondida da alma
Valentina Diadory
31/01/2011
21:30 h
As pálpebras
pesam enviesadas
E há um talho míope
sobre o mar aberto
do olhar
Verte uma dor
que escreve um vinco
na face veludosa
sem machucar
Cerra os olhos
apalpa o poema
tenta secar
as palavras esconsas
deitadas sobre o rasgo
inerte de solidão
aberto numa página
escondida da alma
Valentina Diadory
31/01/2011
21:30 h
Fecundação
Fecundação
Poeta atravessa
o silêncio largo do crepúsculo
e morosamente trabalha
a essência da alma
Planta o feto
Embebe-se no húmus farto
da criação
Rega ...
E a seiva espessa
alimenta a raiz do verbo
Em tempo fecundo
amadurece o verso
corta o cordão umbilical
Nas linhas férteis do canteiro
um grito feliz de liberdade
ecoa e pari a poesia
Rafael Augusto – Valentina Diadory
28/01/2011
15:30 h
Poeta atravessa
o silêncio largo do crepúsculo
e morosamente trabalha
a essência da alma
Planta o feto
Embebe-se no húmus farto
da criação
Rega ...
E a seiva espessa
alimenta a raiz do verbo
Em tempo fecundo
amadurece o verso
corta o cordão umbilical
Nas linhas férteis do canteiro
um grito feliz de liberdade
ecoa e pari a poesia
Rafael Augusto – Valentina Diadory
28/01/2011
15:30 h
Tecelã
Tecelã
De véspera
desfaço as dobras
e os fios emaranhadas
nas linhas do destino
Não durmo a vida
Nos rodapés das noites
desato os nós
cozo os nacos gastos
tricoto o cansaço
Pela manhã
colho na face uma réstia de sol
Apanho um verso
no vaso raso de amor-perfeito
e vivo mais um dia
Valentina Diadory
26/05/10
7:18 h
De véspera
desfaço as dobras
e os fios emaranhadas
nas linhas do destino
Não durmo a vida
Nos rodapés das noites
desato os nós
cozo os nacos gastos
tricoto o cansaço
Pela manhã
colho na face uma réstia de sol
Apanho um verso
no vaso raso de amor-perfeito
e vivo mais um dia
Valentina Diadory
26/05/10
7:18 h
Prefácio
Prefácio
Um nome
Um eco
Um borrão
deixado no deserto
Quiça uma página virada
na fimbria do vento
Um rio miúdo e sem vírgulas
Um verso
Uma exclamação
do outro lado do sol
Quiça uma estrela
um luar pendurado
nas reticências do céu
Uma interrogação
numa linha inventada
Um ponto final
ancorado no mar
Quiça um poema ...
Valentina Diadory
15/08/10
6:45 h
Um nome
Um eco
Um borrão
deixado no deserto
Quiça uma página virada
na fimbria do vento
Um rio miúdo e sem vírgulas
Um verso
Uma exclamação
do outro lado do sol
Quiça uma estrela
um luar pendurado
nas reticências do céu
Uma interrogação
numa linha inventada
Um ponto final
ancorado no mar
Quiça um poema ...
Valentina Diadory
15/08/10
6:45 h
Solfejos
Solfejos
Lume arde
Queima a seda
a pele
...E o tato
onde se cala
ofega solfejos
Valentina Diadory
20/02/2011
09:10 h
Lume arde
Queima a seda
a pele
...E o tato
onde se cala
ofega solfejos
Valentina Diadory
20/02/2011
09:10 h
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