domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tecelã

Tecelã


De véspera
desfaço as dobras
e os fios emaranhadas
nas linhas do destino
Não durmo a vida
Nos rodapés das noites
desato os nós
cozo os nacos gastos
tricoto o cansaço
Pela manhã
colho na face uma réstia de sol
Apanho um verso
no vaso raso de amor-perfeito
e vivo mais um dia


Valentina Diadory
26/05/10
7:18 h

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