Floração
Fogachos num novelo
enrolado de carícias
Lenha seca
Fagulha acesa
No mosto da boca
a língua em chamas
rompe o dique
das horas a fio
de fome e de sede
Sol embebe
o sal táctil
Sem sono
pulsa
Dedilha o fogo
Em brasa
rasga as fímbrias
geladas da água
Arde
E as mãos
tocam a floração
rasa do corpo
Lá no fundo
um lato céu
Um poema
Um vulcão
Valentina Diadory
03/02/2011
22:30 h
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